MAGIS

Advérbio em latim que significa “mais; maior”.

MAGIS é um advérbio em latim que significa “mais; maior”. Foi um termo usado inúmeras vezes por Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, para se referir a uma profunda ligação pessoal com o Deus sempre maior.

Por isso mesmo, tornou-se um elemento-chave para a Companhia de Jesus e para todos os que vivem a sua fé segundo a espiritualidade inaciana, enchendo-se de sentido para descrever o modo de vida de quem vive e serve em tudo para a maior glória de Deus.

Assim, o “+” visível na imagem do MAGIS 2023 remete não só para o significado da palavra, como também para a Cruz, o símbolo maior da entrega e do amor de Deus por cada pessoa.





História


1997

O MAGIS começou em 1997, em França. Antes da Jornada Mundial da Juventude 1997, houve uma peregrinação de jovens próximos da Companhia de Jesus. Não havia, ainda, nome nem estrutura, apenas o desejo de unir os jovens da Família Inaciana.

2000

Em 2000, este evento repetiu-se. Desta vez em Itália, com o nome “Horizonte 2000”. Estes foram os primeiros passos para a criação do MAGIS.

2002

Em 2002, a JMJ aconteceu no Canadá

2005

Mas foi em 2005, na Alemanha, que o encontro recebeu o nome oficial “MAGIS”, que passou a ser usado nas edições seguintes.

2008

MAGIS, agora com o seu nome oficial estabelecido, voltou a acontecer em 2008, na Austrália.

2011

Mas foi em 2011 que o MAGIS ganhou a sua estrutura e formato definitivos. Nesse ano, o MAGIS aconteceu em Espanha, e começou em Loyola, a terra natal de S. Inácio. Ali se reuniram cerca de 3.000 jovens, enviados para mais de cem experiências em Espanha e Portugal.

2013

2013 foi também um ano especial para os jovens no centro da Europa. Enquanto no Rio de Janeiro se celebrava o MAGIS que antecedia a JMJ, na Eslováquia e Hungria organizava-se o MAGIS Central Europe. Foi uma oportunidade para os jovens que não puderam participar na experiência do Brasil se associarem e celebrarem este evento.
Desde então que em cada verão se organiza o MAGIS Central Europe, permitindo aos jovens viverem uma semana segundo o modo e o ritmo próprio do MAGIS.

2016

Depois do Brasil, em 2016, mais de 2000 participantes viajaram até à Polónia para celebrar o MAGIS sob o lema “to give and not count the cost”.

2019

A última vez que o MAGIS aconteceu foi na América Central, em 2019. As diferentes experiências foram divididas pelos seis países da Província centroamericana da Companhia de Jesus: Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá.





2023

22 a 31 de Julho

Portugal


A edição do MAGIS 2023 acontecerá entre os dias 22 e 31 de julho em Portugal. Está tudo a ser preparado para que se colabore na criação de um futuro cheio de esperança. Esta esperança é a mesma a que a Congregação Geral 36 nos desafiou a ser portadores: uma esperança nascida da consolação oriunda do nosso encontro com o Senhor Ressuscitado, não uma esperança simplista ou superficial, mas profunda (CG 36, dec. 1 §32).

A constituição da equipa MAGIS 2023 deixou-se inspirar pela mesma Congregação Geral e pelos posteriores apelos do Padre Geral Arturo Sosa, SJ: “A colaboração com outros é a única maneira que a Companhia de Jesus tem de realizar a missão que lhe foi confiada” (CG 36, dec 1, §36). É constituída por jesuítas de diferentes províncias, um leigo e uma religiosa Escrava do Sagrado Coração de Jesus.

Desejamos, assim, responder não só ao apelo da Congregação Geral e do Padre Geral, mas ao apelo do próprio Papa Francisco, que “nos impulsionou de novo ao magis, a “esse mais” que levou “Inácio a iniciar processos, a acompanhá-los e a avaliar o seu real impacto na vida das pessoas”.

Fica a conhecer melhor cada programa MAGIS aqui.





Os Jesuítas


A história dos jesuítas começou em 1534, com um grupo de estudantes da Universidade de Paris. Na verdade, esse grupo de amigos no Senhor deixou-se guiar pela vida e paixão que Inácio de Loyola tinha por Jesus.

Inspirado por tudo o que Deus ia movendo em si desde a sua convalescença, depois de ficar ferido na batalha de Pamplona, Inácio não deixou nunca de perguntar:


O que posso fazer por Cristo?

Foi esta moção que o levou de Loyola à Terra Santa - para conhecer os lugares onde Jesus tinha estado - e daí às universidades de Alcalá, Salamanca e Paris, para fundamentar as suas moções no estudo teológico.

Em Paris, entre as aulas e o estudo, os primeiros companheiros encontravam tempo para assistir os mais pobres e doentes e cada irmão e irmã marginalizados.

Movidos pelo desejo de servir a Igreja de Cristo, Inácio e os seus companheiros foram a Roma oferecer-se aos serviços do Santo Padre. A 27 de setembro de 1540, o Papa Paulo III, aprovou esta nova ordem religiosa e permitiu que a Companhia de Jesus recebesse homens que tivessem igualmente o desejo de servir o Senhor e a sua Igreja através do trabalho missionário e da educação dos mais novos, aí onde fosse mais urgente, necessário e universal.

Ao longo dos últimos quase quinhentos anos, os jesuítas espalharam-se por todo o mundo e atualmente, a Companhia de Jesus conta com mais de 16.000 homens em formação, padres e irmãos e com comunidades em 120 países.





Escravas do Sagrado Coração de Jesus


A Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus nasceu em finais do século XIX, em Pedro Abad, uma aldeia perto de Córdova (Espanha).

A intenção das fundadoras, Santa Rafaela Maria e Madre Pilar, foi criar uma família com uma missão particular na Igreja: reparar o Coração de Jesus, com uma vida centrada na Eucaristia, através da sua celebração e adoração.

A nossa missão centra-se essencialmente na educação evangelizadora, em colégios, nas paróquias, em escolas e bairros, em residências universitárias e em casas de oração. A espiritualidade inaciana dá-nos um modo próprio de realizar o nosso carisma. Desde o início, as nossas fundadoras queriam que as suas linhas fundamentais marcassem o nosso ser e a nossa ação, de tal forma que as nossas vidas se tornassem, como desejava Santo Inácio, ”instrumentos dóceis nas mãos de Deus”.

Santa Rafaela Maria quis que fossemos “universais como a Igreja”, isto é, disponíveis para servir onde seja necessário. O desejo de “pôr Cristo à adoração dos povos” leva-nos para qualquer lugar ou situação onde o Seu Coração, na vida de tantas pessoas, necessite de ser reparado.

Hoje existem cerca de 1000 Escravas do Sagrado Coração de Jesus, em 24 países. De Sta. Rafaela Maria recebemos a “herança” de uma forma de olhar para o mundo com esperança e misericórdia, descobrindo nele as faltas de Vida, as necessidades de reparação, as “feridas” que pedem o amor do Coração manso e humilde de Jesus.